sexta-feira, 26 de novembro de 2010

fim de semana na casa da mama

enquanto estou aqui no colinho da minha mama aproveito para escrever um pouquinho sobre mais um dos motivos de criar e manter esse blog: a mania que nossas mães e avós tem de escrever nos livros de receitas coisas que só elas mesmas entendem. Explico: pode reparar que tem sempre um "dedinho de sal", um "punhado de cheiro verde", uma "medida de água". Gente, para nós, garotas do século 21, esse tipo de anotação é ter-rí-vel!! Não conheço (e duvido encontrar) uma amiga mortal como eu que entenda uma receita escrita desse jeito! Quando começamos (minha mãe e eu) a conversar sobre as receitas que iriam caber nesse blog, invariavelmente eu fazia a pergunta fatídica: "mas quanto tempo no forno?", ou "é uma colher de chá ou de café?", pra ela me responder um simples "ah, o quanto precisar" ou um "pode ser", como se isso fosse resolver todo o mistério fabuloso que é a sua cozinha!! E os molhos de gosto indescritível? Ela alega que é uma sopa de cebola (de saquinho!) dissolvida, mas vá lá em casa vê-la cozinhar: é um monte de pitadinhas de mil coisinhas que deixam aquele gostinho inconfundível, com o aroma mais delicioso de todos: o da comida da minha mãe. E não adianta - ela até pode te contar tim-tim por tim-tim o que tem lá naquela panela fumegante, mas você vai esquecer, ou vai errar a ordem, ou alguma coisa vai acontecer que não vai ficar assim, igualzinho igualzinho ao dela! É isso mesmo, sou mega fã, puxa-saco, o que vocês quiserem, da minha mama. Mas vou lhes garantir: não há ser humano nesse mundo que prove a comida dela e deixe de concordar comigo! Um beijo com carinho, vão já pras barras das saias das suas mamas e peçam pra ela aquele docinho, aquela comidinha que só ela sabe fazer!

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